quinta-feira, 14 de julho de 2011

10 COISAS QUE TIRAM ANOS DA SUA VIDA


Cigarro

Segundo uma pesquisa feita pelo médico Peter Weissberg, diretor da British Heart Foundation (ou Fundação Britânica do Coração, em português), homens que fumam e não controlam a pressão arterial e o colesterol perdem de 10 a 15 anos de vida. O pesquisador descobriu que os homens que chegaram aos 50 anos com esses três fatores de risco viveram, em média, até os 73 anos – 10 anos a menos que os homens saudáveis. Quando diabetes e obesidade foram adicionados às doenças, a diferença aumentou: enquanto os menos saudáveis viveram até os 70 anos, os que não apresentaram nenhuma complicação chegaram aos 85. O relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2008 revelou que o cigarro é responsável por seis das oito principais causas de morte no mundo, mata uma pessoa a cada seis segundos e encurta a vida de um terço à metade de seus usuários em 15 anos.


Ficar muito tempo sentado



Quantas  horas por dia você passa sentado? Se a resposta for mais de seis horas, cuidado. Pesquisa da Sociedade Americana do Câncer, concluída em 2010, acompanhou
cerca de 123 mil pessoas sem histórico de câncer, problemas cardíacos ou derrame, ao longo de 10 anos, e descobriu que mulheres que passam mais de seis horas por dia sentadas correm 40% mais risco de morrer antes da hora, enquanto os homens estão 20% mais propensos a terem complicações quando comparados aos que ficam sentados por menos de três horas diárias. Sem exercícios físicos regulares, naturalmente, esse índice aumenta. Sedentários que ficam sentados durante muitas horas têm 94%, no caso das mulheres, e 48%, para os homens, mais chances de morrer.




Estar acima do peso

Pesquisas que listam problemas causados pela obesidade e sobrepeso não faltam, e todas chegam à mesma conclusão: engordar demais pode levar à morte. Pesquisadores do National Câncer nstitute (ou Instituto Nacional do Câncer, nos Estados Unidos) basearam-se no Índice de Massa Corporal (IMC) dos voluntários. Quando comparados às pessoas com peso normal (IMC entre 22,5 e 25), os mais gordinhos têm 13% mais chances de morrer. Entre os moderadamente obesos, com IMC entre 30 e 34, e os obesos, com IMC entre 35 e 39, os números saltaram para 44% e 88%, respectivamente. Entre os obesos mórbidos, com o IMC acima de 40, a chance de morrer mais que dobrou: eles estão 2,5 vezes mais propensos a complicações do que pessoas em forma.


Bebida

A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), feita pelo Ministério da Saúde, mostrou que estamos bebendo mais – especialmente as mulheres. Entre 2006 e 2010, o uso abusivo de bebidas alcoólicas pulou de 8,2% para 10,6% para elas e de 25,5% para 26,8% para os homens. Pessoas que bebem além da conta estão mais vulneráveis ao aparecimento de doenças crônicas como hipertensão, diabetes e problemas cardíacos. Em 2009, o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) indicou que o abuso e a dependência de álcool é responsável por diminuir em até 10 anos a expectativa de vida. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o abuso de álcool é responsável por 2,5 milhões de mortes por ano e há 60 tipos diferentes
de doenças causadas pelas bebidas alcoólicas.


Diabetes sem controle

Seis anos. Esse é o tempo, em média, que uma pessoa de 50 anos e com diabetes poderá perder de vida em decorrência da doença. De acordo com uma pesquisa concluída este ano pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, diabéticos têm duas vezes mais chances de morrer por doenças cardiovasculares e são 25% mais propensos a desenvolver algum tipo de câncer.
– Não é a doença que diminui a expectativa de vida das pessoas, mas as dificuldades que o portador pode ter para conseguir acompanhar um bom tratamento – diferencia a professora e coordenadora do programa de educação em diabetes Doce Desafio, da Universidade de Brasília (UnB), Jane Dullius. Ela explica que o excesso de glicose no corpo provoca danos nos tecidos que podem reduzir o funcionamento dos órgãos vitais. E é esse mau funcionamento que pode causar complicações extras.


TV ou computador em excesso

Segundo um estudo publicado em 2010 no Journal of the American College of Cardiology, gastar mais de duas horas assistindo à TV (ou no computador) pode dobrar as chances de doenças cardíacas. Em 2003, os estudiosos perguntaram sobre os hábitos de 4.512 voluntários. Quatro anos depois, os pesquisadores retomaram o contato para descobrir o que havia mudado. Os que assistem a quatro ou mais horas de televisão estão 48% mais perto de morrer prematuramente. Dos 325 voluntários que morreram, 215 tiveram ataques cardíacos ou outros problemas cardiovasculares. Para fazer as associações, o estudo levou em consideração o Índice de Massa Corporal (IMC), o colesterol da lipoproteína de alta densidade e a proteína C-reativa (PCR), produzida pelo fígado.


Infância traumática

Segundo um estudo feito em 2009 pelo Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC, da sigla em inglês), crianças expostas a intensas cargas de estresse podem ter prejuízos no desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso. O americano David W. Brown, responsável pela pesquisa, diz que passar por seis ou mais experiências adversas na infância pode dobrar as chances de morrer antes da hora. Dados da pesquisa de David Brown apontam que crianças expostas a situações de risco tiveram uma expectativa de vida de 60 anos, enquanto as que tiveram uma infância tranquila viveram, em média, até os 79 anos. Anderson Luiz Costa Júnior, do Instituito de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB) chama a atenção para o fato de que ter passado por experiências adversas na infância não significa ser um adulto problemático. Segundo ele, tudo vai depender de quanto apoio o indivíduo recebeu e a quanto tempo ficou exposto à situação estressante.


Poluição

A má qualidade do ar subtrai cerca de um ano e oito meses da vida dos que convivem com a fumaça de carros e fábricas. O dado é de uma pesquisa feita em 2009 pelo Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Universidade de São Paulo (USP), que mediu os impactos financeiros e para a saúde da população que vive nas regiões metropolitanas de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e
Recife.
Segundo Paulo Saldiva, diretor do laboratório, há quase 4 mil mortes relacionadas à poluição todos os anos. Quem mais sofre com isso são crianças, idosos, pessoas que já apresentam problemas pulmonares e aqueles com níveis socioeconômicos mais baixos.
No dia a dia, os efeitos da poluição se manifestam em forma de asma, conjuntivite química, bebês que nascem com o peso abaixo do esperado e chances maiores de desenvolver pneumonia após uma gripe. Além disso, há mais risco de infarto do miocárdio.


Exagerar na carne vermelha

Uma pesquisa do National Cancer Institute com mais de 500 mil participantes alertou que pessoas que consomem cerca de 113g de carne diariamente estão 30% mais propensas a morrer nos 10 anos seguintes – especialmente por doenças cardíacas e câncer.
Os homens e mulheres avaliados tinham de 50 a 71 anos de idade. Entre as mulheres acostumadas a comer grandes quantidades de carne vermelha, o risco de desenvolver alguma
doença cardíaca aumentou 50%. Para os homens, esse número foi menor: 27%. Com relação ao câncer, as mulheres avaliadas apresentaram 22% a mais de chances de desenvolver a doença, contra 20% para eles.


Não dormir tempo suficiente

Segundo uma pesquisa feita em 2010 por cientistas italianos e britânicos da Universidde de Warwick com a Universidade de Medicina Federico 2º, em Nápoles, Itália, dormir menos de seis horas por noite aumenta em 12% o risco de morrer em um período de 25 anos em comparação com as pessoas que conseguem ter uma boa noite de sono, com seis a oito horas de duração. O estudo durou 25 anos e analisou a qualidade do sono e a mortalidade de 1,3 milhão de pessoas na Grã-Bretanha, Estados Unidos, países da Europa e da Ásia.

Fonte: Diário de Santa Maria

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