Exercícios físicos
Os benefícios dos exercícios físicos
estão por toda parte. Além de
emagrecer e enrijecer os músculos,
exercitar-se regularmente é bom para a saúde
mental, já que os resultados ajudam na autoestima.
Para a saúde física, então, nem se fala:
quem abandona o sedentarismo reduz as probabilidades
de ter doenças cardíacas, mantém
a pressão arterial em ordem e, claro, pode viver
mais. De acordo com um estudo feito pela Universidade
de Cambridge, ter uma rotina de exercícios
regulares e uma alimentação balanceada
pode render até 12 anos a mais.
A pesquisa, concluída em 2006, mostrou que
exercícios diários, com 30 minutos de duração,
aliados a um consumo de cinco porções de vegetais
e frutas são suficientes para aumentar a
expectativa de vida em três ou quarto anos.
Ter animal de estimação
De acordo com o National Center
for Infectious Diseases (Centro Nacional
para Doenças Infecciosas), em Atlanta, Estados
Unidos, cuidar de um animal ajuda a manter a
pressão arterial e os níveis de colesterol e triglicerídeos
dentro dos níveis normais. Isso sem contar os fatores
extras, como amenizar o sentimento de solidão,
ter a chance de se exercitar mais vezes ao ar livre enquanto
caminha com o bichinho e de socializar mais.
Em 2010, um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa
Médica Baker revelou que pessoas que convivem
com animais têm menos chances de sofrer com estresse.
Outra pesquisa, feita pela Society for Companion
Animal (Sociedade dos Animais de Companhia,
na Inglaterra), apontou que crianças que convivem
com cães ou gatos são mais imunes a doenças que
aquelas que não têm animais de estimação.
Comer corretamente
Em um estudo feito pelo Instituto do
Câncer americano e publicado em fevereiro
no Archives of Internal Medicine,
os pesquisadores afirmaram que uma dieta rica em
fibras aumenta a expectativa de vida. Em nove anos,
os voluntários que comeram mais fibras apresentaram
22% menos chances de morrer quando comparados
aos que não costumam consumi-las regularmente.
Mais fibras significam menos mortes por doenças
cardíacas, problemas infecciosos e respiratórios. Em
uma revisão de estudos publicados em 2010 na revista
Science, descobriu-se que manter uma dieta
com restrições calóricas pode até retardar o próprio
envelhecimento celular.
Renato França, nutricionista esportivo e funcional,
explica que o envelhecimento celular é uma consequência
dos radicais livres produzidos a cada
respiração.
– A produção desses radicais livres é inevitável,
mas terá um efeito menos danoso se a alimentação
tiver alimentos com antioxidantes – afirma França.
Ter bons amigos
Segundo um estudo feito por especialistas
americanos da Universidade
Brigham Young e do Departamento de
Epidemiologia da Universidade da Carolina do Norte,
pessoas muito isoladas vivem menos do que as que
cultivam amizades. O estudo, feito em 2010, concluiu
que não ter um amigo pode ser tão danoso para a
saúde quanto fumar ou consumir álcool em excesso.
Ter e manter redes sociais pode garantir até 50%
mais chances de sobrevivência. Os dados das mais
de 300 mil pessoas estudadas revelaram ainda que
ter amigos supera até fatores de risco já conhecidos
como principais causas de problemas de saúde,
como a obesidade e o sedentarismo.
A psicóloga Ana Lúcia Palma chama atenção para
outra vantagem: além dos benefícios para o corpo,
ter com quem conversar e trocar experiências traz recompensas
como bom humor e qualidade de vida.
Ser otimista
De acordo com um estudo feito
pelas pesquisadoras americanas Suzanne
Segerstrom, da Universidade de
Kentucky, e Sandra Sephton, da Universidade
de Louisville, ter uma visão mais otimista da vida pode
fortalecer o sistema imunológico. Ao todo, Suzanne e
Sandra analisaram as reações imunológicas de 124
estudantes de Direito em relação as suas expectativas
para o futuro no decorrer do curso.
Ao longo de seis meses, as especialistas em psicologia
clínica perguntaram aos estudantes quais eram
as suas esperanças profissionais. Após cada questionário,
os alunos recebiam injeções para provocar reações
imunológicas. Elas perceberam que, de acordo
com as mudanças emocionais dos voluntários (se estavam
mais ou menos esperançosos sobre o futuro),
as respostas variavam. Quanto mais otimistas, mais
respostas imunológicas apareciam nos exames.
Sorrir
Sorrir faz bem à saúde e pode fazer
você viver mais. Segundo estudos sobre
a Ciência dos Sorrisos, apresentados
em uma conferência realizada no American
College of Cardiology em Orlando, na Flórida,
sorrisos diários têm o poder de “baixar a pressão
arterial, reduzir estresses hormonais, aumentar o relaxamento
muscular e acelerar o sistema imunológico”,
tudo graças às endorfinas produzidas pelo ato
que atuam como antidepressivos naturais.
Outro estudo, feito pela Duke University, também
nos Estados Unidos, mostrou que, dos mil pacientes
cardíacos analisados, 44% não tinham o costume de
sorrir e, por isso, apresentavam maior risco de morte.
A explicação pode estar nos níveis de cortisol, o
hormônio do estresse, que diminui com as risadas.
De quebra, os sorridentes produzem mais serotonina,
neurotransmissor que provoca a sensação de
bem-estar.
Meditar
Em 2010, pesquisadores da Universidade de
Wayne (EUA) revelaram que sorrir pode fazer com
que você viva sete anos a mais.
Quando se pensa em meditação, muitas
pessoas logo associam a prática à
clássica posição de joelhos dobrados, entoando
mantras. Porém, meditar tem muito mais a ver com
prestar mais atenção aos estímulos que vêm de dentro
de nós mesmos, abrir a cabeça para novas experiências
e colocar um freio (ainda que momentâneo) nas preocupações.
Em 2010, Fernando Bignardi concluiu uma pesquisa
com 140 idosos no bairro paulista São Matheus, e
descobriu que, após dois meses, 71,19% dos que meditaram
ao menos uma vez por dia tiveram melhoras na
postura, 57,63% mudaram a alimentação, e a respiração
de 64,41% ficou mais adequada. O humor melhorou para
71,19% dos participantes.
Relaxar
Há dois anos, pesquisadores da Faculdade
de Medicina de Harvard pesquisaram
os efeitos do descanso para a saúde, e
descobriram que relaxar profundamente aciona
genes que protegem o organismo contra infertilidade,
pressão alta, dores e algumas doenças degenerativas,
como artrite reumatoide.
Segundo os pesquisadores, as alterações genéticas
acontecem devido ao chamado “efeito de relaxamento”,
um “fenômeno que pode ser tão poderoso quanto qualquer
remédio, porém sem os efeitos colaterais”. Quando
mais as pessoas treinavam o efeito relaxador, mais seus
efeitos eram potencializados. Paralelamente, as chances
de ter dores diminuíam.
Ter uma boa higiene bucal
Se você não escovar os dentes ao menos
duas vezes ao dia, corre 70% mais risco
de ter problemas cardíacos. Pesquisadores da Universidade
College London descobriram que inflamações bucais
podem resultar no entupimento das artérias.
O estudo, concluído em 2010, analisou 11 mil voluntários.
Ao todo, foram 555 infartos, 170 deles, fatais. Segundo
Érica Negrini Lia, professora do Departamento de
Odontologia da Universidade de Brasília (UnB), pacientes
com periodontite (inflamação crônica por bactérias)
apresentam níveis elevados de importantes fatores de
risco para doenças cardiovasculares.
Beber água
Beber água diariamente ajuda na manutenção
do corpo. Além dos benefícios
estéticos, hidratar-se corretamente auxilia na
formação de enzimas responsáveis pelas reações químicas
do corpo, além de controlar a temperatura dele. Com
mais água no organismo, o volume de sangue aumenta,
fazendo com que as vitaminas e os minerais cheguem
mais rapidamente aos orgãos, além de impedir que o organismo
não retenha sódio (principal causa do inchaço).
Tomar água regularmente reduz o perigo de infecções.
Segundo uma pesquisa do governo britânico, beber água
diminui 100% as chances de infecção hospitalar.
Fonte: Diário de Santa Maria